A macumba do bem

A única forma de acabar com o preconceito religioso: o conhecimento. Digo por mim, que antes de me informar sobre a Umbanda, pensava ser algo do mal, com princípios e fins diferentes e esquisitos.
Depois de pesquisar sobre esta religião (também conhecida como “a macumba do bem”), descobri que o preconceito era só meu e dos que não conhecem a mesma. O pensamento umbandista parte da paz e do respeito entre Deus, a natureza e o homem. A caridade para com todos (sem preconceito) e a busca da evolução e a melhoria espiritual.
A Umbanda já é parte da cultura brasileira, mas surgiu a partir da união de crenças como as do Catolicismo, Africanos, Indígenas, Espíritas, entre outros. Durante festas nas senzalas, os escravos encarnavam Orixás (energias enviadas por Deus), e com o tempo, passaram a incorporar espíritos ancestrais.
As sessões espíritas e os cultos aos Orixás são chamados giras. Elas aconteciam inicialmente em praias, mas agora os templos, terreiros ou Centro realizam-nas. O processo inicia-se com o chamado defumação; onde são queimadas ervas e essências para purificar a matéria, o espírito e o ambiente. Depois, a gira continua com a incorporação de diferentes entidades (chamados guias). Esses podem ser Pretos-Velhos, Crianças, Caboclos, entre outros.
O trabalho é realizado a partir de médiuns (pessoas que têm a qualidade de comunicar e incorporar espíritos) com a finalidade de levar as entidades desencarnadas, à uma melhoria espiritual muito grande. São como mensageiros de Deus e dos Orixás, que utilizam sua sensibilidade para transmitir sempre o bem e a caridade para todos. Estes devem sempre tomar os devidos banhos de descarrego.
Os apetrechos utilizados são roupas limpas e brancas, pés descalços, e dependendo da entidade incorporada, pedem-se chocalhos, cocáres ou roupas de diferentes cores.
Além de ser uma religião que visa inteiramente a melhoria do ser carnal ou espiritual, os umbandistas também visam condensar as energias enviadas por Deus e pelos Orixás, mantendo sempre um equilíbrio entre a mente e o corpo.
Só seremos livres de preconceitos, quando nossa mente for aberta à novas culturas, religiões, pensamentos e visões. E quando tivermos o interesse em pesquisar sobre o que nos faz ser tão diferentes uns dos outros.

Postado por: Nathalia Molon